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Sobre o nosso patrono

Álvaro Alves da Silva Braga nasceu em Curitiba no dia 20 de novembro de 1906, filho de Antônio Alves da Silva Braga.

Realizou os primeiros estudos no Colégio Militar do Rio de Janeiro, então Distrito Federal. Sentou praça em abril de 1924, ingressando na Escola Militar do Realengo, na mesma cidade, da qual saiu aspirante-a-oficial da arma de infantaria, como primeiro aluno, em janeiro de 1927.

Designado em fevereiro de 1927 para o 15º Batalhão de Caçadores (15º BC), sediado em Curitiba, ali exerceu as funções de oficial de transmissões de instrutor de tiro de guerra e de comandante de companhias. Em julho do mesmo ano foi promovido a segundo-tenente e em julho de 1929 recebeu a patente de primeiro-tenente. De maio a julho de 1930 foi instrutor do Centro de Preparação de Oficiais de Reserva (CPOR).

Aderiu à Revolução de 1930 logo ao eclodir o movimento, recebendo ainda em outubro a missão de prender o governador paranaense Afonso Alves Camargo. Comissionado no posto de major, partiu para o interior do Paraná e para o vale do Ribeira, em São Paulo, assumindo o comando da 3ª Companhia do 15º BC. No final do mesmo mês seguiu para Itapetininga (SP), passando a auxiliar o serviço do estado-maior do Destacamento Coronel Dornelles. Garantida a vitória do movimento revolucionário, retornou em novembro seguinte para Curitiba, sendo então descomissionado do posto de major com o término de sua missão. Transferido em março de 1931 para o Rio de Janeiro, serviu na Escola de Sargentos da Infantaria, primeiro como encarregado do parque e em seguida como instrutor, até fevereiro de 1932, quando passou para o 3º Regimento de Infantaria (3º RI), também no Rio de Janeiro.

Servia no 3º RI quando eclodiu, em julho de 1932, a Revolução Constitucionalista de São Paulo, reação do segmento da oligarquia paulista que havia participado do movimento de outubro de 1930, em especial o Partido Democrático (PD), e que, apesar disso, permanecia marginalizado do poder local por ação do governo federal. A revolta foi marcada pela oposição entre as correntes políticas tradicionais de São Paulo, de um lado, e as forças tenentistas e o governo federal que as apoiava, por outro. Como membro do Destacamento Daltro Filho, Álvaro Braga combateu os rebeldes deslocando-se para o interior fluminense, primeiro até Barra Mansa e daí a Resende, onde foi encarregado de operações do estado-maior do destacamento. No final de julho seguiu para Engenheiro Passos e depois para Engenheiro Bianor, passando então a Queluz, já em território paulista, onde serviu como assistente do destacamento até o início de setembro. Assumiu, então, o comando da Companhia de Metralhadoras Pesadas, deslocando-se com ela, em meados do mês, para as localidades paulistas de Fazenda Recreio, Cruzeiro, Cachoeira e Lorena. No início de outubro, quando da derrota das forças constitucionalistas, atingia Caçapava e Moji das Cruzes, após o que retornou a Barra Mansa e daí ao 3º RI, no Distrito Federal.

Em novembro de 1932 passou a servir na 4ª Brigada de Infantaria (4ª BI), sediada em São Paulo, como ajudante-de-ordens do comandante da unidade, general Manuel de Cerqueira Daltro Filho. Em fevereiro do ano seguinte foi transferido para a Companhia de Estabelecimento da 2ª Divisão de Infantaria (2ª DI), em São Paulo, vindo a exercer de julho a dezembro a função de comandante do contingente do estabelecimento, cumulativamente com a de ajudante-de-ordens do comandante da 4ª BI. Em março de 1934 foi transferido para a Escola de Infantaria da 2ª Zona e, em junho do mesmo ano, recebeu a patente de capitão.

Retornou ao 3º RI em dezembro de 1934, passando a exercer o comando da Companhia de Metralhadoras do 2º Batalhão. Em novembro de 1935 deslocou tropas para Niterói, dando garantias ao novo governador do estado do Rio de Janeiro, almirante Protógenes Guimarães (ministro da Marinha de 1931 a 1935), cuja posse era desafiada pelo general Cristóvão Barcelos, também postulante ao cargo. Logo que Álvaro Braga retornou ao quartel do 3º RI, ainda em novembro, eclodiu uma revolta em seu regimento, promovida pelo Partido Comunista Brasileiro, então Partido Comunista do Brasil (PCB), em nome da Aliança Nacional Libertadora (ANL). Sua companhia, a Companhia de Metralhadoras do 2º Batalhão (CM2), e a do 1º Batalhão (CM1), comandada pelo capitão José Alexínio Bittencourt, foram os dois únicos focos de resistência à revolta no quartel, conseguindo assim retardar a ação dos rebeldes, o que permitiu o cerco destes por tropas governistas. O movimento foi debelado no mesmo dia.

Com o fim da revolta, ficou adido ao quartel-general da 1ª Divisão de Infantaria (1ª DI), na Vila Militar, sendo transferido em dezembro de 1935 para o Departamento de Pessoal do Exército, de onde saiu, em fevereiro de 1936, para a Escola de Armas, todos no Rio de Janeiro. Permaneceu nesta última, como auxiliar de instrutor do curso de infantaria, até janeiro de 1937, quando passou a servir no 12º RI, sediado em Juiz de Fora (MG). Em maio de 1937 tornou-se oficial suplementar da 3ª Seção do estado-maior do Agrupamento D da 1ª Zona, em Ibituva (PR), servindo no quartel-general como ajudante-de-ordens. A partir de julho, acumulou essa função com a de comandante do quartel. Transferido para o regimento de Itaqui (RS) em setembro do mesmo ano, exerceu o comando da companhia. Em março de 1938 tornou-se diretor de instrução de infantaria da Força Pública de São Paulo, sendo para isso comissionado no posto de major. Por diversas vezes, em caráter interino, exerceu também o cargo de diretor-geral de instrução. Em maio de 1940 matriculou-se no curso da Escola de Estado-Maior, no Rio de Janeiro, que concluiu em novembro de 1942, sendo então transferido para o quartel-general da 7ª DI, sediada em Recife. Em abril de 1943 foi promovido a major.

Na perspectiva do inevitável envolvimento do Brasil na Segunda Guerra Mundial (1939-1945), vários oficiais superiores do Exército brasileiro foram selecionados para estagiar em centros de treinamento militar dos Estados Unidos, onde entrariam em contato com modernos armamentos e técnicas de combate. Depois de permanecer nos Estados Unidos de julho a outubro de 1943, Álvaro Braga retornou ao Rio de Janeiro, ficando à disposição do general Euclides Zenóbio da Costa no Estado-Maior do Exército (EME). Este oficial foi um dos que mais se empenharam em organizar a Força Expedicionária Brasileira (FEB) para lutar na Europa contra o nazi-fascismo. Assim, em dezembro de 1943, o major Braga ingressou na 1ª Divisão de Infantaria Expedicionária (1ª DIE) que se preparava para intervir no teatro de operações de guerra, no continente europeu. De fevereiro a abril do ano seguinte chefiou o estado-maior da 1ª DIE.

Chegou à Itália em julho de 1944 na chefia da 3ª Seção da 1ª DIE, servindo como oficial de operações do general Zenóbio da Costa, que se encontrava em Nápoles. Ainda nesse mesmo mês seguiu para os Estados Unidos, a fim de estagiar na linha de frente do V Exército norte-americano, retornando a Nápoles em setembro seguinte, quando reassumiu a chefia anterior. Participou de operações de guerra em diversas localidades italianas. De fevereiro a março de 1945 chefiou a 3ª Seção do Grupamento do Oeste, permanecendo em suas funções na 1ª DIE. Com o final da guerra, em maio seguinte, retornou ao Rio de Janeiro.

De julho a dezembro de 1945, já no Brasil, chefiou a 3ª seção do estado-maior da 1ª DIE e exerceu a função de fiscal administrativo. Em janeiro do ano seguinte passou a servir no EME, inicialmente como chefe de subseção e a partir de janeiro de 1948 como adjunto de seção. Promovido a tenente-coronel em julho deste último ano e a coronel em setembro de 1952, exerceu ainda diversas chefias de seção no EME. Em janeiro de 1953 foi nomeado para o Conselho Permanente de Justiça da 3ª Auditoria do Exército, onde, no entanto, ficou pouco mais de uma semana. Foi então transferido para o quartel-general da Zona Militar Leste (hoje I Exército), sediado no Rio de Janeiro, onde exerceu a chefia da 3ª Seção.

De fevereiro a agosto de 1954 foi oficial-de-gabinete do ministro da Guerra, Zenóbio da Costa, tendo deixado a função poucos dias antes do suicídio do presidente da República Getúlio Vargas (1951-1954). Ainda assumiu o comando do Regimento Escola de Infantaria do Rio de Janeiro, que exerceu até outubro de 1957, quando passou a chefiar a 7ª Divisão do gabinete do ministro da Guerra, general Henrique Teixeira Lott (1954-1960). Em janeiro do ano seguinte tornou-se subchefe do gabinete ministerial. Promovido a general-de-brigada em julho de 1959, ficou de agosto a novembro desse ano adido à Secretaria do Ministério da Guerra, sendo então nomeado comandante da 2ª Brigada Mista, sediada em Corumbá (MT, hoje MS).

Retornou ao Rio de Janeiro em fevereiro de 1961, matriculando-se no curso da Escola Superior de Guerra (ESG). Concluído o curso em dezembro seguinte, ficou adido à Secretaria do Ministério da Guerra até fevereiro de 1962, quando foi nomeado comandante do Colégio Militar do Rio de Janeiro, tendo aí exercido também interinamente as funções de diretor de ensino e de formação. Em agosto do ano seguinte assumiu o comando da Divisão Blindada, posto que deixou em janeiro de 1964 para exercer as funções de diretor-geral de Ensino do Exército e de comandante do Grupamento Escola do Realengo, no Rio de Janeiro.

Após a vitória do movimento político-militar de março de 1964 que depôs o presidente João Goulart, foi nomeado em junho comandante da 2ª DI, com sede em São Paulo, e no mês seguinte promovido a general-de-divisão. Nomeado para a Diretoria Geral de Material Bélico em janeiro de 1966, não chegou a exercer o cargo porque recebeu ordens de ficar à disposição da Organização dos Estados Americanos (OEA) em face da crise da República Dominicana. No mesmo mês assumiu o comando da Força Interamericana de Paz (FIP), constituída no ano anterior pela OEA para intervir naquele país e pôr fim à guerra civil, restaurando o regime favorável aos Estados Unidos. Em junho de 1966 foi designado para representar o governo brasileiro na solenidade de posse do novo presidente da República Dominicana e em setembro seguinte deixou o comando da FIP, retornando ao Brasil.

Promovido a general-de-exército em novembro de 1966, foi nomeado comandante da guarnição de Porto Alegre e do III Exército, sediado na mesma cidade, substituindo o general Orlando Geisel. Exerceu essas funções até abril de 1969, sendo então substituído pelo general Emílio Garrastazu Médici. Retornando ao Rio de Janeiro, permaneceu adido à Secretaria Geral do Exército até maio, quando foi nomeado ministro do Superior Tribunal Militar (STM), pelo presidente Artur da Costa e Silva (1967-1969), tomando posse no mês seguinte.

Faleceu no Rio de Janeiro no dia 31 de janeiro de 1971, quando ainda ocupava uma cadeira do STM.

Foi casado com Maria Raimunda Galvão Braga.

Publicou Problemas de instrução (1937).

 

 

FONTES: ARQ. MIN. EXÉRC.; CARNEIRO, G. História; CORRESP. SECRET. GER. EXÉRC.; CORRESP. SUP. TRIB. MILITAR; Grande encic. Delta; Jornal do Brasil (2/2/71); MIN. GUERRA. Almanaque (1971); MOREIRA, J. Dic.;SILVA, H. 1935.

 

 



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3712-0676

Sobre a nossa escola

Fundada em 12 de fevereiro de 1971, chamou-se primeiramente Vila Dalva, tendo o nome alterado para Gal. Álvaro Silva Braga em 17 de fevereiro do mesmo ano. O então prefeito de São Paulo era Paulo Maluf. O governador do Estado era Abreu Sodré e o Presidente da República era o Gal. Arthur da Costa e Silva.

 

 



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